Você sabia que as Areias Monazíticas de Guarapari, podem virar remédio? Há muitos anos ouvimos que as famosas areias de Guarapari são capazes de amenizar dores, evitar doenças e até curá-las. Mas dessa vez, um grupo de 34 cientistas entre médicos, farmacêuticos e engenheiros eletricistas da Universidade de Vila Velha, estão testando o poder das Areias Monazíticas de Guarapari.
Eles querem comprovar na prática os efeitos das areias no tratamento de doenças que atingem as articulações dos joelhos.
O objetivo principal da pesquisa, é avaliar se as areias do Espírito Santo, especialmente as Areias Monazíticas de Guarapari e Vila Velha, podem auxiliar no tratamento da osseoartrose de joelho.
Nesse estudo, os pacientes ficarão 30 minutos com os joelhos enterrados nas areias por duas vezes na semana durante um ano. A exposição irá ocorrer sempre às 9h da manhã. Os voluntários, serão monitorados por diversos especialistas, que irão anotar tudo, para realizar relatórios no final.
A expectativa é que 150 pacientes de cidades vizinhas como Vila Velha, Cariacica e Vitória sejam analisados. Sendo que a pesquisa acontecerá na Praia da Areia Preta em Guarapari e em uma praia de Vila Velha.
Em Guarapari, o estudo está acontecendo às segundas e quartas às 9h da manhã. Eu fui lá de perto conferir e trazer esse vídeo para vocês. Espero em breve, trazer novidades enviadas pelos profissionais que estão empenhados nesse projeto.
A nova pesquisa verificará as aplicações medicinais, que vão gerar impacto social nos cuidados à saúde pública. Os resultados positivos, caso alcançados, podem fazer de Guarapari, comprovadamente, uma instância turística nessa área. Leia mais aqui
Guarapari ficou conhecida por “Cidade Saúde” na década de 60, por causa do médico Dr Silva Mello, que destacava o poder das areias com base em relatos de moradores, que teriam se curado com ajuda das areias. Esse título de Cidade Saúde se estendeu e vem sendo provado a cada novo estudo. Inclusive já foi provado que Guarapari apresenta uma das maiores radioatividades em praia do mundo, com radiação benéfica à saúde.
“Então, decidiu-se avaliar o efeito dessa radiação na osteoartrose de joelho, visando produzir uma inovação na oferta de serviços de saúde e validando as areias como uma possibilidade de tratamento”, explicou a farmacêutica e doutora em farmácia, Denise Endringer.
Quem está há mais de 10 anos buscando comprovar os efeitos das areias é o autor do projeto, Walter de PRá. Ele defende que seu pai, Marcelino de Prá tinha problemas nas articulações e comprou uma casa em Guarapari, aumentando sua expectativa e com qualidade de vida devido as areias.
“Nesses 11 anos que estou pesquisando sobre a radioatividade natural, os únicos que tem estudos científicos são Guarapari e Querala na Índia.
Acontece que Guarapari tem mais que o dobro da radiação. Nesse período de estudos, primeiro nós fizemos pesquisas com professores da Ufes – Universidade Federal do Espírito Santo com dois pesquisadores incluindo pesquisadores da Universidade de São Paulo – USP. Agora estamos fazendo com a UVV essa pesquisa com médicos e pacientes e a pesquisa é presencial. Eles vão anotando os casos dos pacientes e após os relatórios a UVV vai levar os dados para a Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que vai avaliar se vamos continuar ou não os estudos”, afirmou o autor do projeto, Walter de Prá.
Lançamento da Pesquisa lançada em 13/05/19
O lançamento da pesquisa prática aconteceu no dia 13 de maio de 2019, no Guará Centro de Eventos em Guarapari. Contou com a presença do reitor da Universidade, Heráclito Amâncio Pereira Junior, os coordenadores do projeto, a farmacêutica e doutora em ciências farmacêuticas Denise Coutinho Edringer, o doutor em ciências farmacêuticas Márcio Fronza, e o médico ortopedista Gabriel Alfena Gamaro de Moura, que é professor e aluno de mestrado da universidade. Também estiveram presentes a Secretária Municipal de Turismo, Letícia Regina Souza, o Presidente da Abih-ES, Gustavo Guimarães e o presidente do Sindicig, Fernando Otávio.
Como ser voluntário da pesquisa?
Para ser voluntário da pesquisa e ficar exposto na praia, é necessário ser morador de municípios vizinhos de Guarapari como: Vila Velha, Vitória ou Cariacica. Tem que ter idade entre 30 e 95 anos, e apresentar dor articular, diagnosticada por médicos mediante laudo. Os interessados ainda vão passar por uma triagem para ver se atende aos critérios de inclusão e não tem nenhum critério de exclusão, informou os pesquisadores.
A inscrição pode ser feita pelo e-mail [email protected], através do telefone 99223-1520, ou pessoalmente na Policlínica da UVV, de segunda a sexta das 14h às 16h. A meta é que 150 pessoas sejam analisadas, sendo 75 em Guarapari e 75 em Vila Velha.
Leia também sobre a Torre que vai medir a radioatividade em Meaípe